Possuir um sistema de ar condicionado avançado nem sempre pode ser sinônimo de qualidade na climatização. Um fator muito importante nesse quesito é a distribuição do ar no ambiente, que se for executada de forma correta garante velocidade adequada e conforto térmico para os usuários.
Nesse processo, cada projeto apresenta características únicas, desenvolvidas por um profissional projetista, arquiteto ou designer da obra que deve ter entendimento das necessidades de cada uma das partes, de forma que seja garantida a eficiência do sistema de climatização. Por causa disso, independentemente de cada projeto ser único, as atividades associadas a cada edificação também devem ser analisadas e estudadas minuciosamente.
Além disso, parâmetros como pé-direito, taxa de ocupação, orientação das fachadas e detalhamento do forro com projeto de iluminação também influenciam nos resultados e diretamente na escolha do elemento de difusão adequado. Esses fatores irão ajudar a selecionar um elemento de difusão que atenda as normas de maneira a proporcionar a velocidade de insuflamento, a velocidade no plano de ocupação, o nível de ruído, o alcance e a distribuição de ar uniformemente ideais.
Mais sobre difusores
Há muitos anos são utilizados difusores de ar, sendo que no início a preocupação era apenas a capacidade de manipular grandes volumes de ar ou “tapar buracos” através de difusores mal selecionados, não exercendo devidamente a distribuição do ar condicionado no ambiente.
Já nos dias de hoje a realidade sobre a importância desse item é outra, com mais valorização do nível de conscientização dos projetistas em relação à relevância dos difusores de ar para o sucesso da instalação. Esses profissionais têm se dedicado a estudar a distribuição de ar, e por essa razão alguns tem se destacado no mercado e influenciado os demais. Além disso, os gráficos técnicos para a seleção de difusores são levantados em laboratórios, e, portanto tem alto grau de confiabilidade.
A função do difusor é basicamente distribuir o ar no ambiente condicionado de maneira adequada, sendo comum em construções com pé-direto maior que 2,60m e em instalações comerciais e industriais.
Podemos notar o principal indício da má distribuição de ar em ambientes com elevado índice de reclamações por parte dos usuários por conta do vento excessivo e desconforto térmico, ocasionados por variados gradientes de temperatura, velocidade de ar excessiva que resultam em correntes de ar ou baixa velocidade com ar estagnado.
Escolha do modelo
Existem vários tipos de difusores divididos em dois grupos: convencionais e de alta indução, que podem ser lineares, circulares ou retangulares; ou os mais simples, que são os retangulares ou circulares utilizados para pés direito entre 2,6 a 4m.
A decisão de qual tipo de difusor deve ser usado para cada tipo de ambiente se dá a partir da interação do projetista de ar condicionado, que calcula a boa difusão com o arquiteto que compõe o forro como um todo. O difusor precisa ser incorporado ao ambiente e ficar livre de interferências. É uma negociação caso a caso entre os envolvidos no projeto. Assim, a partir das características de cada ambiente pode-se eleger o melhor difusor.
Inúmeros exemplos da boa harmonização dos difusores com os mais diversos tipos de ambiente podem ser encontrados, resultantes da boa interação entre o projetista de ar-condicionado e o arquiteto. O bom projetista é capaz de preservar tanto a boa técnica de distribuição de ar quanto de valorizar o lado estético. Existem situações onde a intransigência de uma das partes exige uma ação corretiva mais tarde, não se pode só olhar o que é mais bonito, mas o processo por completo. Por causa disso, interferências arquitetônicas que possam prejudicar a distribuição do ar devem ser analisadas e contornadas.