Muitas pessoas e empresas já começaram a se preocupar em realizar a limpeza preventiva dos ar-condicionados, no período de tempo seco as pessoas ficam mais propícias a doenças. Com este tipo de serviço pode-se prevenir infecções e doenças respiratórias, causadas por bactérias que se instalam no utensílio que contém resíduos de sujeiras. Milhares de pessoas em todo o mundo ficam expostas por longas horas do dia ao aparelho, provocando até mesmo grandes índices de afastamentos no trabalho devido, ao adoecimento dos funcionários.
Cada vez mais o ar condicionado vem se tornando um item indispensável em nosso dia-a-dia, aumentando assim os riscos de contaminação. Por isso, é importante mantê-lo sempre limpo e higienizado para garantir além de um clima agradável, um ar puro e de qualidade, evitando a disseminação de doenças.
Segundo o especialista em ar condicionado e Diretor da Doctor Frio, Abraão Barbosa, a manutenção trimestral evita doenças e reduz gastos na conta de energia. “Além de garantir melhor qualidade de vida, o aparelho limpo diminui o consumo de energia, reduz os gastos com manutenções de urgência e ainda aumenta o tempo de vida útil, podendo durar até 10 anos a mais do que o esperado”, explica o profissional, que trabalha há 18 anos no ramo.
A falta de limpeza do sistema de ar condicionado propicia o desenvolvimento de micro-organismos, como fungos e bactérias, que podem levar os ocupantes de ambientes climatizados a contraírem doenças respiratórias, infecciosas ou alérgicas. A bactéria Legionella pneumophyla é a mais perigosa, pois causa a legionelose, que pode se manifestar de duas formas: um tipo grave de pneumonia, chamada legionário, e a febre de Pontiac.
Um caso emblemático aconteceu em 1998, quando o ex- Ministro das Telecomunicações, Sérgio Motta, faleceu devido à infecção pulmonar, causada por falta de manutenção no ar condicionado de seu gabinete. O político contraiu a bactéria e veio a óbito poucos dias depois.
Por diversas vezes, a ANVISA é acionada em empresas para avaliação dos aparelhos. Em 90% dos casos os empreendimentos não possuem o PMOC (Plano de Manutenção Operação e Controle), documento que a ANVISA exige para todos os estabelecimentos, públicos ou privados, que tenham instalado em suas dependências equipamentos de ar condicionado com carga térmica igual ou superior a 60.000/btus. “Será o PMOC que determinará se as manutenções estão em dia. Se a empresa não tiver este certificado, pode levar multa de até R$ 200 mil”, diz Abraão.
Devido a sua importância, o PMOC virou uma Lei Federal, que determina quando, o que, e por quem devem ser realizadas as manutenções preventivas. O objetivo é garantir a qualidade do ar interior em ambientes climatizados, zelando também pela vida dos seus ocupantes. A Portaria N°3.523 foi implantada após a morte do ex- Ministro. “Já as residências não estão obrigadas a ter o PMOC, mas é tão importante quanto as empresas que elas mantenham seus equipamentos limpos e higienizados. Estamos falando de um problema de saúde que pode levar a morte, então não podemos brincar, precisamos estar atentos”, conclui Barbosa.
Fonte: vidaequilibrio.com.br