As temperaturas começaram a aumentar com o verão se aproximando, e o ar condicionado às vezes é a causa de brigas em escritório. Enquanto alguns querem aumentar a temperatura, outros sentem calor e querem deixar o ambiente mais gelado. Porém, já há uma resolução do Ministério da Saúde para terminar com esse problema.
Nesses casos em que os funcionários não conseguem entrar em um acordo, o ideal é seguir a orientação de um profissional. O pneumologista Rui Coelho Pereira diz que já existe uma resolução que fala sobre o assunto desde 2000. “A Anvisa prevê que essa temperatura tem que ficar entre 23ºC e 26ºC que é uma temperatura de conforto para o ambiente de trabalho.”
Ele diz que o ar frio resseca um pouco as vias respiratórias. Por isso, as pessoas que são mais sensíveis podem começar a ter os episódios de tosse, fenômenos alérgicos, coriza, e o olho pode começar a arder. “O importante é que isso não ocorra em mais do que 20% do grupo que está afetado”, afirma.
Nos ar condicionados que não são eletrônicos e que não se pode regular a temperatura pelo controle remoto, ele recomenda que a empresa compre um termômetro para ter uma noção da temperatura do ambiente. Já para quem sofre com a secura do ambiente, ele dá dicas para viver melhor naquele local. “O ideal seria umidificar o ambiente. Pode se pegar uma toalha num ambiente de trabalho, deixar ela molhada em um local e a evaporação dessa toalha vai melhorar as condições de umidade relativa do ar.”
O pneumologista diz que a maior preocupação dos médicos é em relação a contaminação do ar condicionado. “Ele pode disseminar ácaros, bactérias. É obrigatório que se faça a limpeza do ar condicionado todo o ano e do filtro mensalmente para que as pessoas não aspirem aquelas substâncias que podem ser emanadas pelo ar condicionado”, orienta. A maioria das doenças ocorrem na garganta, no pulmão e a traqueia. Por fim, ele lembra que hidratação é fundamental. “Nunca menos de um litro e meio por dia”, finaliza.